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mitologia


O ser humano busca sua sobrevivência como espécie através da inteligência pela qual busca sua sustentabilidade e melhores padrões de qualidade de vida. Suas soluções advém primordialmente dos lados esquerdo e direito de nosso cérebro e ambos são os originadores primários da Ciência e da Religião, como se poderá analisar com mais cuidado em “A Evolução do Pensamento”.

No post “Ser ou Não Ser” realizamos uma análise de onde surgiu nosso universo utilizando princípios da Física, da Mecânica Quântica e um pouco de lógica, sem admitir que ele pudesse ter sido criado por Deus e então chegamos na possibilidade científica e filosófica da existência de um Multiverso. Mas será que o Multiverso realmente existe? Poderá um dia ser descoberto?

A Ciência pára no Multiverso, que ainda precisa ser equacionado matematicamente para se verificar se há coerência em sua hipótese e assim fazendo que este seja o seu limite, mas a Religião através de suas Teologias se propõe a seguir em frente, ir mais longe, como veremos a seguir.

Trincas de Quarks

Se fizermos uma análise materialista sobre a existência de Deus, como no post “Consequências do Materialismo” iremos verificar que a hipótese de que Deus não exista leva o nosso Universo (ou o Multiverso) a produzir seres inteligentes (nós) a ponto de continuarmos nossa existência estendendo-a à eternidade ou enquanto durarem os recursos para repormos a matéria que nos constitui. Chegaremos à interessante conclusão que somos robôs (!!).

Essa linha de raciocínio é científica e baseada na ideia de formação de vida inteligente pelo próprio universo por mero acaso, como os cientistas gostam de fazer, porque “a Ciência procura reduzir ao máximo as hipóteses que não pode provar para entender as coisas, caso contrário, deixaria de ser ciência para ser Religião“. Entretanto, existe na atualidade um amplo questionamento sobre isto, com vimos no post “A Ciência está perdendo a Objetividade?”

Verificamos assim, através das argumentações e hipóteses que fizemos naquela série de posts, em especial em “O Paradoxo da Materialidade” que, seguindo esta linha de raciocínio seremos “deuses” criados por um Universo inanimado e então nos perguntamos:

“Se este Universo inanimado nos gerou, porventura não teria produzido muito antes de nós alguém mais perfeito e que se perpetuou?”

Concluímos por essa analise que poderíamos, entre outros, termos sido “plantados” ou produzidos artificialmente por esse nosso “criador”, levando à uma teoria que se denomina “Panespermia Cósmica”.

Se o Universo cria “deuses” não seria possível pensar que Deus existe e criou o Universo? Quem veio primeiro, Deus ou o Multiverso?

Seguindo ainda o pensamento de sermos feitos exclusivamente de matéria ou “Trincas de Quarks”, as criaturas inteligentes deste, e possivelmente outros Universos Paralelos  podem, em tese, se desenvolverem continuamente substituindo sua matéria corruptível por outra melhorada e se aprimorar cientificamente e intelectualmente até que dominem o Universo em que vivem.

A questão agora é saber se estas criaturas produzidas dentro de um Universo particular poderiam de algum modo serem transportadas pelo Multiverso, ou se as demais criaturas que possivelmente devem existir na mesma condição em outros Universos poderiam se encontrar.

Mitologia

A primeira possibilidade é que cada Universo “aprisiona” o seu próprio “deus”, que neste caso irá perecer com ele tal como o “gênio aprisionado em sua lâmpada” das antigas culturas do oriente médio. Tornamo-nos então deuses temporais, e já não caberia talvez utilizar a palavra deus, que implica em uma aproximação da Onisciência, Onipresença e Onipotência, quando muito, seriamos semelhantes aos semi-deuses da Grécia antiga ou aos gênios (do termo árabe Jinn).

A segunda possibilidade é que esses “deuses” foram capazes de se transportar para o Multiverso e lá sobreviveram e dessa situação resultaria o Teísmo (a existência de deus ou deuses). Teremos assim um deus aprisionado pelo Multiverso, eternamente, dado que o Multiverso é teoricamente infinito. Outrossim, ele não é o Multiverso e não poderá altera-lo significativamente ou não conseguirá faze-lo porque isso implicaria em sua desestabilização e morte mas poderá induzir a criação de novos universos e suas criaturas.

Outro fator importante em termos científicos é que atualmente, até onde a Ciência pode chegar, um deus aprisonado no Multiverso não tem como conhecer o futuro, porque segundo as leis da física o futuro é imprevisível, o que nos remete novamente ao Teísmo Aberto e reduz a sua Onisciência.

Temos nesse modelo deuses gerados pelo Universo que, entretanto, terão que evitar a concorrência causada por novos candidatos a habitarem no multiverso que certamente surgirão pelos mesmos fatores que o fizeram surgir. Se dois deles com poderes iguais se formarem e se enfrentarem temos agora o Maniqueísmo, a eterna luta do “Bem contra o Mal”, a disputa de poder em nível Cosmológico representado pela cultura Persa e Babilônica no século III.

Lembrando que na Ciência o “útero” da “mãe universo” ou “plasma mãe” (o Vácuo Quântico) produz continuamente formas de vida no Multiverso, esse deus terá bastante trabalho em controlar a população concorrente e que poderá um dia ameaçar sua hegemonia o que nos remete à mitologia Greco-Romana.

Uma terceira possibilidade é que exista dentro do Multiverso um (ou mais) universos especiais cujos seres inteligentes podem se comunicar com os demais e assim reinar sobre o Multiverso, o que suporta a crença de diversas religiões espiritualistas, sendo uma variação do Teísmo.

Uma quarta possibilidade seria pensar nesta Essência organizada de forma Pura e Ùnica, coexistindo e interagindo com o Multiverso em uma dimensão separada.

Teologicamente, esta parece ser uma escolha mais adequada do que imaginar sua presença no interior do Multiverso, uma vez que se pode postular que o Vácuo Quântico é “movido” ou “animado” pela emanação de יהוה e podemos considerar que a essência de יהוה é o que caracteriza a distinção entre “vivo” e “inanimado” e que essa essência voltará para o lugar de onde veio, fora do Multiverso, que não precisaria necessariamente existir.

Resumindo temos as seguintes hipóteses:

  • Deus não existe – Ateísmo
  • Deus é o Universo – Panteísmo
  • Deuses são as formas de vida dominantes em cada Universo – Teísmo
  • Deuses migraram para o domínio do Multiverso – Panenteísmo
  • Deus não foi formado pelo Multiverso e o Criou – Deísmo

 

CONCLUSÃO

Todas as análises que fizemos levam às mais variadas e possíveis consequências sobre a formação de deuses pelo Multiverso e cada uma dessas conclusões leva a um mito diferente que é base de alguma Religião humana, não cabendo aqui julgar a veracidade do mito ou fazer uma escolha religiosa mas demostrando a criatividade do cérebro intuitivo que através da observação da natureza cria suas teorias.

Exceto na hipótese de Deus ter criado o Universo chegamos, entretanto, à conclusão paradoxal que cada uma dessas mitologias advém do Universo Materialista postulado pela Ciência, um universo que cria seus próprios deuses, de modo que o “inanimado” gera o que é “vivo”, não fazendo sentido do ponto de vista teológico.

A única possibilidade de que Deus tenha criado o Multiverso (ou somente o Universo) é que Ele resida em outro sistema e por isso, em todos os posts que escrevemos sobre o Vácuo Quântico ou “O Limite da Ciência” consideramos que יהוה manifesta sua presença organizadora como o “motor” que faz o aparecimento de realidades instáveis, dualidades e oposições complementares para seu equilíbrio levando aos princípios de conservação assumidos pela Física, efeitos e ciclos temporais que formam uma gigantesca “máquina” inteligente movida por leis e pela qual fomos formados.

Teologicamente, assumir יהוה como Onisciente, Onipresente e Onipotente e criador do Universo (ou do Multiverso) de onde derivam todas as coisas é a hipótese mais coerente e completamente inexplicável pela Ciência, a qual, infelizmente, está limitada ao nosso próprio Universo e, assim sendo, nunca poderá chegar até Ele.

Observar que utilizando premissas materialistas chegamos à necessidade de um Multiverso para explicar nossa existência!. Ora, o Multiverso é uma “entidade não observável“ e que dificilmente poderá ser comprovada! 

Esse Multiverso eterno e estável, infinito e criador de tudo, organizado e inteligente é uma suposição tão abstrata quanto pensar em um Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente e ambas são teses inobserváveis e imensuráveis.

Ao procurarmos explicações para nossa existência chegamos à uma entidade que a Ciência chama de Multiverso e é, nesse aspecto, similar à que a Religião chama de Deus. Porém, se assumirmos que Deus existe já não precisaremos mais do Multiverso, isto é, não precisamos dizer que nosso Universo advém de outro se ele foi criado por Deus.

Para se ter uma ideia da similaridade a que chegamos entre Ciência e Religião, se chamarmos o Multiverso de “Mãe Natureza” ou o igualarmos a Deus, então podemos ser considerados como religiosos panteístas. Nota-se então como a Ciência e a Religião podem chegar a um lugar comum…

,como também poderíamos analisar no capítulo 1 do livro de Gênesis, que é um outro exemplo, de caráter Deísta.

Ciência e Religião não precisam concordar sempre, como no caso, onde Deus foi demonstrado como hipótese tão válida e respeitável quanto as melhores considerações atuais da Ciência, ambas inobserváveis, imensuráveis e fruto do pensamento humano.

No nosso modo de ver, como temos discutido em diversos posts entre Ciência e Religião, há que se encontrar um equilíbrio entre as duas posições para a saudável manifestação da Religião em nossa sociedade e para isto é necessário que se conheça ambas, as quais, representam o lado direito e o lado esquerdo de nosso cérebro e são o exemplo máximo da Complementaridade.

Ser ou Não Ser ?

Luz
Algumas perguntas que fazemos várias vezes durante a vida são: O Universo é infinito e sempre existiu? O que é o infinito? Se o Universo foi criado de uma explosão, o que havia antes disso?

Fazemos estas perguntas porque não conseguimos aceitar logicamente nada que exista para sempre, ou que seja infinito, e isso decorre do fato desse pensamento ser completamente diferente de nossa vivência cotidiana.

Do mesmo modo, como desenvolvemos no post “O Limite da Ciência” e no post “O Vácuo Quântico”, a aceitação de vazio eterno é igualmente rejeitada pela nossa lógica.

Assim chegamos a uma situação interessante: Temos dificuldade em aceitar algo que exista para sempre e rejeitamos por completo a possibilidade de inexistência de tudo, até porque somos capazes de “perceber” que existimos. Zero e Infinito são assim estados incompreensíveis e não por acaso, matematicamente, levam a situações conhecidas como Indeterminações.

Mas existe um possível erro nesta análise: ela parte da ideia que exista uma dualidade quando não é necessariamente obrigatório que isto aconteça em alguns casos. Assim, dizemos que ou algo existe ou não existe, mas é possível que essa dualidade não esteja sempre correta.

Nossos olhos e nossos instrumentos de medida talvez não sejam capazes de detectar, mas existem muitos fenômenos da natureza que não são percebidos por nós, alguns foram descobertos apenas recentemente, como a passagem de neutrinos e múons pelo nosso planeta.

Costumamos dizer que algo ou está certo ou está errado, que é possível ou impossível, que é bom ou é mau, e assim criamos e vivemos conceitos de dualidades usados para comparações em nossa vida diária mas que não nos ajudam muito na compreensão dos fenômenos físicos.

Por isso, ao pensar na natureza do Universo, temos enorme dificuldade em enxergá-lo com o pensamento dualista.

Vimos no post “Dualidade ou Complementaridade?” que na arte pontilhista sombras e luz ao serem colocadas juntas formam um conteúdo único, não são mais sombras e nem luz, formam ilusoriamente linhas de contorno, linhas que não foram desenhadas. Comparamos com a dualidade partícula–onda do comportamento da luz e do próprio átomo, cuja soma dos pesos de suas partículas separadas (nêutrons e prótons) é superior ao seu peso real ao estarem juntas no núcleo, o que se atribui à transformação de parte da massa em energia de ligação interna de modo que massa e energia formam uma só entidade. Nesse caso, luz e sombras, massa e energia, ondas e partículas, compõem realidades únicas.

No post que falamos da “Partícula de Deus” dissemos que o Bóson de Higgs cria massa em outra partícula que passa pelo seu campo, uma massa “que surge do nada” e que esse conceito é bem mais interessante do que pensar na massa como se fosse uma “bolinha indivisível”. No post “O Quinto Elemento” comentamos que a ideia de Aristóteles da existência de “elementos essenciais” é melhor do que a denominação “partículas elementares” que nem sequer são partículas (termo atribuído à pequenas divisões da matéria, conforme o conceito de átomo de Demócrito).

A realidade se manifesta diante de nós de um modo que nos confunde ao utilizarmos conceitos dualistas de modo que é necessário para interpretá-la assumir outro estado além destes.

Vamos repensar então nosso Universo desse modo e ver onde podemos chegar com essa hipótese.

Imagine que ao invés do binômio “Ser ou Não Ser” ou “existo ou não existo” ocorra uma outra realidade. Algo que exista e não exista ao mesmo tempo (!!!).

Feynman Isso parece errado, bizarro ou alguém poderia até dizer “ridículo”. Mas é justamente o que Richard Feynman, um dos maiores físicos do século XX, postulou ao dizer que a todo momento partículas e anti-partículas são formadas e se aniquilam mutuamente no espaço quântico (ou Vácuo Quântico).

No caso, teríamos uma essência simbolizada por +i e a outra essência simbolizada por -i e estas realidades (cf. Feynman são partículas virtuais) convivem umas com as outras num tempo muito curto, ora predominando uma, ora outra, porém, estatisticamente falando, ocorre uma média zero em um “equilíbrio dinâmico”.

Vejamos um exemplo de equilíbrio dinâmico: um pingo de corante em um recipiente com água. O tempo passa e o corante se dispersa até que não ocorra nenhuma outra variação e dizemos que o sistema entrou em equilíbrio. gotas Ocorre que, estatisticamente, não seria impossível voltar na sala e ver o corante ocupando só uma parte do líquido e a outra sem corante uma vez que as moléculas se movimentam aleatoriamente em todo o volume. A probabilidade que isto aconteça, no entanto, tende a Zero.

Dizemos assim que a concentração de corante é constante em todo o volume do recipiente, mas isso é uma média, uma aproximação macroscópica e que não é verdadeira se considerarmos o espaço microscópico em seu interior e então dizemos que nesse espaço macroscópico ocorre um equilíbrio dinâmico.

Agora temos um interessante modelo de vazio ou Zero. Um “pseudo vazio” composto por duas essências que se aniquilam quando estão juntas e formam realidades distintas quando estão separadas, realidades que existem por tempos determinados e muito pequenos de modo que a somatória de suas ações resultam em acréscimos e diminuições sucessivas e cuja média central resulta em zero escalar. Podemos chamar esse vazio de “espaço quântico” ou Vácuo Quântico.

A ideia pode ser entendida se observarmos que em nosso universo há uma incansável busca pelo equilíbrio em todos os seus processos expontâneos e que o equilíbrio nada mais é do que uma resultante nula das forças que agem sobre um dado sistema, como se todos os processos fossem naturalmente orientados a buscar o perfeito equilíbrio existente no espaço quãntico.

Verificamos isto também através da lei da conservação de cargas em um átomo por exemplo, sendo o núcleo carregado positivamente e a eletrosfera negativamente e o caminho termodinâmico que a reação percorre até o balanceamento das cargas de cada átomo nas moléculas que participam de uma reação química.

Vamos agora ampliar nossa visão e imaginar que em um determinado sistema existam não apenas duas, mas diversas essências e que a soma ponderada de todas elas resulte em Zero ou equilíbrio. Não um zero local, pontual, microscópico, mas um Zero global, em sua média estatística compondo toda sua grandeza. Como referência e comparação, lembramos que em nosso Universo acreditamos existirem 16 partículas elementares organizadas em duas famílias – Férmions e Bósons, sendo a família dos Férmions composta dos Quarks e dos Léptons.

Imaginemos também que esse espaço quântico é tão imenso que surjam dentro dele a todo momento descontinuidades abruptas de formação e aniquilação sem no entanto modificar sua energia global, o que caracterizaria uma situação de macro equilíbrio termodinâmico e conservação da entropia mas com descontinuidades locais, como no exemplo do corante disperso na água.

Essa ideia pode ser aplicada também quando postulamos a existência do Multiverso onde o Universo que existimos passa a ser um elemento infinitesimal dentro dele.

Caso a hipótese esteja correta, passamos agora a “entender” como e porquê o nosso Universo existe, como ele foi formado e para onde ele caminha.

Poderíamos também conjecturar sobre a essência da “matéria ou energia escura” como sendo a parte imaterial que falta em nosso Universo para compensar parcialmente (o nosso universo não é o Multiverso, não precisa haver equilíbrio completo) a presença de matéria pesada. Esta tem força de gravidade oposta à da matéria escura e que explica o afastamento entre as galáxias.

A matéria escura é formada de partículas elementares (que aqui chamamos de essências) agrupadas de modo diferente do que nos férmions (prótons, nêutrons e elétrons entre outros) e é possivelmente uma evidência sobre a existência do Multiverso, onde a matéria está agrupada de modo diferente de nosso Universo que, no entanto, contém em seu interior essa matéria “estranha” mostrando parte da diversidade possível de combinações das partículas elementares.

Imagine um Multiverso composto por uma quantidade incontável de Universos dentro dele e que cada Universo, à semelhança de uma partícula, tenha um oposto com o qual se aniquile, por exemplo, um Universo formado por partículas e um por anti-partículas. Agora temos uma realidade macroscópica que imita uma realidade microscópica, onde partículas elementares interagem umas com as outras formando o Vácuo Quântico e dentro dele descontinuidades (o Big Bang) que formam Universos. O fundamento de todo o Multiverso, onde está nosso Universo é então o Vácuo Quântico, onde a questão Ser ou Não Ser não possui sentido.

Esse modelo pode finalmente responder às perguntas que fizemos no primeiro parágrafo, ou seja, o nosso universo é finito e temporal mas é parte de uma realidade maior que é infinita e assim permanece. Zero e Infinito se tornam agora uma única realidade melhor entendida pelo princípio da Complementaridade.

Chegamos assim a uma fronteira, a um dos limites de nossa Ciência.

Apesar de todo o esforço feito nos nove posts anteriores não podemos responder com certeza mas temos agora uma idéia muito melhor sobre o assunto e podemos “arriscar” um paltpite de modo embasado, pelo menos até onde as informações disponíveis nos permitem.

Existem muitas respostas para essa pergunta e cada uma depende das hipóteses que propusermos para chegar até elas, porém a mais provável é que exista uma relação entre UFO´s e seres extraterrestres, como vimos no post “UFO: Perguntas e Respostas”, e essa conclusão é obtida mais pela baixa probabilidade de serem efeitos naturais ou de haver uma arma de guerra fabricada pelo homem do que sobre a análise da equação de Drake e suas variáveis, isto é, chegamos a essa conclusão por falta de explicação melhor…

Se observarmos o resultado obtido ao final da tabela do post anterior, veremos que o resultado dependeu da probabilidade que demos para as linhas E – Possibilidade de Comunicação / Contato com Extraterrestres e a linha F – Uso de tecnologia terrestre para UFO´s. Como elas foram muito próximas, qualquer erro de estimativa faz empatar as apostas de serem terrestres ou não…

Abaixo estão detalhados os pontos que nos levaram a julgar as probabilidades da citada tabela e a chegar nessa conclusão. Se você ler e chegar a uma conclusão diferente pode acreditar que sua opinião é tão boa quanto a nossa…

Vejamos os problemas que tivemos ao julgar cada probabilidade:

1 – UFO´s existem?. Um determinado site informa que no Brasil já foram relatados 59.000 casos e outros 695.000 em outros países!. Independentemente da precisão dessa informação sabemos que são muitos casos. Todos eles tem alguma explicação? Todos eles podem ser classificados como parte do “mito dos discos voadores do século XX”?

Nós apresentamos apenas um deles no post “UFO: Evidências!”. O que você acha disso?

2 – ET´s existem?. Sobre isso falamos bastante no post “O Paradoxo de Fermi”. As variáveis da equação são muito imprecisas para serem calculadas, mas qualquer pequena probabilidade usada nas variáveis, ao ser multiplicada por bilhões de galáxias, começa a parecer significativa. Acaba ocorrendo, portanto, uma associação natural entre ET´s e UFO´s por falta de uma melhor explicação. Por outro lado, se aceitarmos que são visitantes do espaço, que provêm de nossa galáxia ou de outra, então devemos considerar que encontraram uma solução para o limite da velocidade da luz (a massa não pode viajar próxima a esta velocidade), ou que estão posicionados bem mais próximos de nós do que imaginamos.

3 – Podem ser fenômenos eletromagnéticos / meteorológicos ainda desconhecidos, mas esta hipótese é fraca a ponto de podermos descarta-la, dado que muitos dos relatos mencionados ocorreram em céu aberto e com ampla visualização. A ciência em geral e o estudo ambiental e meteorológico tem se desenvolvido amplamente nas últimas décadas.

4 – Sobre a possibilidade de ter origem humana, abordamos esse assunto com mais detalhes no post “UFO: Arma de Guerra?” mostrando que não há justificativa para que na atualidade os EUA, China, Rússia ou qualquer outro país ou “sociedade secreta” possua equipamentos capazes de voar com tais velocidades e se deslocar dessa forma, de outro modo eles já teriam dominado o planeta. Essa idéia não se justifica politicamente, tecnicamente ou historicamente.